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Mostrando postagens de abril, 2011

O mito do Tiradentes

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No dia 21 de abril comemora-se o dia em que morreu um heroi nacional: Joaquim José da Silva Xavier (1746-1792), mais conhecido como Tiradentes. Muitos sequer lembram esse fato. Com o decorrer dos anos o homem se revestiu do mito. No retrato acima, ¨O Cristo Cívico¨ feito pelo pintor Décio Villares, percebe-se como a figura de Jesus Cristo serviu de modelo para o mártir mineiro. Esse retrato foi feito por encomenda dos primeiros líderes republicanos. Seu desenho serviu de inspiração para outros retratos. Veremos  um pouco da história e do símbolo por trás da história. Um símbolo brasileiro Não se sabe como eram as verdadeiras feições de Joaquim José da Silva Xavier. Todos os retratos são fictícios embora nenhum tenha seguido duas informações vindas de fonte segura. Durante o julgamento dos inconfidentes, Alvarenga Peixoto descrevera Tiradentes como ¨feio e espantado¨. O depoimento de frei Penaforte indicava também que, ao ser conduzido ao patíbulo, o réu estava ¨com abarba e...

O mandamento esquecido

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    A última ceia. Toda vez que leio essa narrativa de João fico perplexo diante de seu tom moderno. Nesse evangelho, como em nenhum outro, o autor fornece um retrato realístico, em câmara lenta. João cita longos trechos do diálogo e observa as influências emocionais recíprocas entre Jesus e seus discípulos. Temos em João 13-17, um lembrete íntimo da noite mais angustiante de Jesus na terra.   Havia muitas surpresas reservadas para os discípulos aquela noite, quando passaram pelo ritual da Páscoa, cheia de simbolismos. Quando Jesus leu em voz alta a história do Êxodo, a mente dos discípulos substituiu compreensivelmente o "Egito" por "Roma". Que plano melhor do que este de Deus duplicar aquele tour de force naquele momento, com todos os peregrinos congregados em Jerusalém? O pronunciamento arrebatador de Jesus excitou seus sonhos mais loucos: "Assim como meu Pai me confiou um reino, eu o confio a vós", ele disse magistralmente, e "Eu venci o mundo...

Páscoa e última ceia

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Basicamente páscoa é uma festa judáica instituída por Deus para Israel, na época do Êxodo, para celebrar a noite em que o Senhor Jeová poupou todos os recém nascidos primogênitos dos israelitas e matou todos os primogênitos egípcios, segundo a crença israelita, (Êx 12.1-30,43-49).  Foi a páscoa judáica que Cristo celebrou com os seus discípulos. Séculos se passaram desde aquela noite que Jesus se sentou no cenáculo e compartilhou a última e simples refeição com seus discípulos. Era simples, mas extremamente importante. Durante esses séculos, a refeição tem tomado um grande significado. De maneira infeliz, tem caído nas armadilhas da religião os excessos de rituais complicados e distinções denominacionais. Ao fazer assim, acredito, tem se perdido a profunda simplicidade que cercava a mesa onde Jesus e seus homens se reuniram para a ceia naquela noite final.  Em primeiro lugar, vamos considerar por que eles estavam reunidos.       Estava próxima a fes...

As dores que o amor carrega

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               TROUXE o amor sua cauda de dores,                seu longo raio estático de espinhos,                e fechamos os olhos porque nada,                para que nenhuma ferida nos separe.                Não é culpa de teus olhos este pranto:                tuas mãos não cravaram esta espada:                não buscaram teus pés este caminho:                chegou a teu coração o mel sombrio.      ...

E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará (?)

Se permaneceis na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos, conhecereis a verdade e a verdade vos libertará ( jo 8.31,32) Se queisermos compreender o sentido da liberdade e da libertação de Jesus, precisamos colocá-lo dentro do contexto do seu povo de Israel. A frase: ¨conhecereis a verdade e a verdade vos libertarᨠpoderia ter significados muito diversos. Houve tempos em que, inspirados pela cultura e pela filosofia da Antiguidade, os leitores imaginavam Jesus como um filósofo preocupado pelo problema da vida interior, alheio às agitações do mundo exterior, para quem o problema da liberdade era, assim como para o filósofo-escravo Epíctes, apenas um problema de liberdade interior: era livre o escravo que conseguia manter a sua autonomia no fundo mais oculto da consciência. Como se Jesus se preocupasse com o problema da vida interior e da consciência dos seus discípulos. Faziam dele um moralista e um educador das vidas interiores. Ora, Jesus não era filósofo e não entendia...

Se tiveres que me amar

Se tiveres que me amar que seja por nada. A não ser por tua escolha. Não me ames pelo meu sorriso; haverá dias em que não me alegrarei... Não me ames por achar-me belo; o tempo tirará minha beleza... Não digas: ¨Eu o amo por causa do seu sorriso de sua aparência, de seu jeito Por falar gentilmente, por alguma habilidade de pensamento que me faz tão bem, e que certamente tráz uma sensação de tranquilidade prazerosa neste dia¨ Por que estas coisas, em sí mesmas, minha amada, podem ser mudadas, ou mudadas para tí e o amor, assim feito, pode ser desfeito Se tiveres que me amar minha  amada, que seja por causa do amor Para que para sempre possas continuar amando... Pela eternidade do amor... Pela escolha de se amar. Este pensamento é uma paráfrase da Elizabeth B.

Quer levar Jesus pra casa hoje?

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  Quem quer levar Jesus pra casa hoje? Levante a mão e faça um sinal de aceitação...  Essa Fraseologia já virou um mantra nas igrejas evangélicas. É o chamado apelo. A hora da decisão, onde a danação ou a salvação eternas estão em jogo. No momento em que o pastor pede para o pecador levantar a mão em sinal de aceitação à Cristo, cabe aos já salvos ficarem ¨em espírito de oração¨(sic), pois pode ser que um demônio teimoso, esteja agarrado em seus braços fazendo-o pesar.  Eu sempre tive dificuldades em aceitar essa prática cristã chamada de apelo . Primeiramente, por que o apelo é uma cópia evangélica pentecostal que remontam à época de Chales G. Finney (1792-1875). Ricardo Gondim, elucida o protótipo do apelo nas seguintes palavras: ¨Depois que terminava de pregar, Finney conduzia as pessoas que se sentavam no   banco dos ansiosos para mais instruções, conduzindo-as assim à salvação. Finney foi copiado ferozmente por evangélicos pentecosta...

Fé ou placebo?

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  Não quero definir a palavra fé. Os sistemáticos insistem que na Bíblia existem vários tipos de fé, a saber: fé como um dom do Espírito Santo; fé salvadora; fé natural... Cada um desses itens são comentados exaustivamente por doutores em teologia. Eu penso que a fé é antes de tudo subjetiva, portanto depende das assimilações cognitivas de cada um. Fé é uma experiência única na vida de todo  ser humano quando sente o divino, que de alguma forma, ou formas, se comunica com ele. Deus não é um bem patrimonial da religião cristã, e a fé não é privada. Fé não pode ser definida objetivamente, ou ser entendida apenas no âmbito cristão-eclesiástico.   O que vemos entre os religiosos é uma febre doente. Um espetáculo espiritual que é promovido em nome da fé. Supostos curandeiros  operam milagres. Chegam ao absurdo de marcar até a hora em que ¨Deus vai operar¨. Estes, fingem ter a fé sobrenatural e a usam como ferramentas na hora em que bem entendem. Se...

Não vá agora

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Você existe no meu universo. Nos meus versos falo de você, canto pra você e sonho com você. Como minha vida ficou especial quando te conheci... Queria que cada momento fosse uma eternidade. Tu consegues habitar na saudade, mesmo presente. Descobri que não tenho mais  saudade. É a saudade que me tem. Não deixe meu coração ao acaso. Deixa eu esconder minha dor no teu peito, ficar junto de teu leito, tu que estás prestes a partir... e me deixar só Como esconder minha dor se teus olhos dormem? A tua carne e o teu sangue ficaram em tudo que tocaste e o ar tomou teu cheiro por essência Acorda! E me abraça Vamos sorrir um pouco Vamos brincar, Amor A mais inútil das coisas chegou aos meus olhos, desceu por minha face salgou meus lábios... Por favor, não vá agora Erivan