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Mostrando postagens de setembro, 2015

Encontrei você na cama, mas você não estava dormindo

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Encontrei você na cama, mas você não estava dormindo. Deitada como de costume, te vi. Pensei comigo: minha linda de tão cansada apagou. Inclinei-me para beijar-te e de súbito senti que algo estava errado. Estavas fria, imóvel... Nos teus olhos semicerrados não havia brilho algum. Tu'Alma não estava lá. Quem dera estivésseis dormindo amada minha. E assim nos aconchegaríamos em nosso ninho de fantasias. Mas não, não estavas dormindo, nem fingias... E esta noite deitarei só. Dormirei só, numa cama imensa e fria. E tu dormirás no chão. Abaixo do chão. Numa cantinho onde não cabe mais ninguém... Apenas teu corpo sem alma Apenas teus olhos sem brilho. Nos meus sonhos eu abro a porta do quarto e te encontro. Lá estás. Radiante de amor teus olhos brilham. Tua boca me seduz Teu calor me recebe em braços amorosos e fico feliz por tê-la comigo, amor da minha vida. Não vamos dormir esta noite. Erivan Silva

O SÉTIMO SELO - o jogo da morte

O SÉTIMO SELO - o jogo da morte Quando o Cordeiro abriu o sétimo selo, houve no céu um silêncio durante cerca de meia hora. (Apocalipse 8.1) O filme do diretor sueco Ingmar Bergman, O sétimo selo, é no mínimo inquietante. Um cavaleiro, Antonius Block, ao retornar de uma cruzada (séc XIII) encontra sua terra totalmente devastada pela peste negra. Não bastasse isso, a religião (católica) demoniza as mulheres. Acusando-as de bruxaria são queimadas no fogo. O cenário é caótico e apocaliptico. A morte, a peste negra, o diabo dentre outros, são os grandes medos da Idade Média. O cenário elenca todos esses elementos e uma morbidez angustiante perpassa por praticamente todas as personagens. A morte é personificada e se apresenta a Antonius Block, este, por sua vez, tenta ludibriar a morte em um jogo de xadrez. Em uma das cenas, o cavaleiro vai até uma igreja e se confessa ao padre sem saber que este é a própria morte disfaçada. Me chama atenção o diálogo que se segue: Caval...

7 de setembro de 1822 - a Independência do Brasil

7 DE SETEMBRO DE 1822 - INDEPENDÊNCIA DO BRASIL Por Cecília Salles Oliveira 7 de setembro, dia da independência do Brasil, é a mais conhecida e celebrada data nacional. Está associada à proclamação feita, em 1822, pelo príncipe D. Pedro, às margens do riacho do Ipiranga, em São Paulo, acontecimento que teria assinalado o rompimento definitivo dos laços coloniais e políticos com Portugal. Entretanto, o episódio do Ipiranga não teve repercussão no momento em que ocorreu, pois a separação do Reino europeu não era uma decisão consensualmente aceita pelos diferentes segmentos da sociedade na época. tanto o delineamento do império e da monarquia constitucional quanto o reconhecimento da data de 7 de setembro como marco da história da nação brasileira foram resultado de complexo processo de lutas políticas que tiveram lugar no Rio de Janeiro e nas demais províncias do Brasil durante a primeira metade do século XIX. Após 1860, a data começou a ganhar importância no calendário de...

Onde está o humano no cristão?

Por Erivan Silva O cristão em sua febril busca por perfeição se desumaniza a cada ato, a cada ritual... "Sede perfeitos como perfeito é vosso pai que está nos céus." O crente seguramente acredita que está seguindo um pessoa. Mas, na verdade, se converteu à uma ideia e desde então a nutre e a segue personificadamente. O apóstolo Paulo a certa altura de sua carta aos filipenses, chega a afirmar: "Não que eu já o tenha alcançado [ressurreição] ou que já seja perfeito, mas prossigo para ver se o alcanço, pois que também já fui alcançado por Cristo Jesus." Para quem conhece as cartas paulinas sabe que ele pregava a ressurreição do corpo; ressurreição de um corpo perfeito, incorruptível. Em outras palavras, Paulo acreditava que com a ressurreição do corpo viria a perfeição. Agora, o que em suma significa ser perfeito é uma questão que a Bíblia não deixa claro. E, além do mais, a experiência nos mostra que humano algum é perfeito, e que o erro (pecado para os cristãos) ...