Platão: a verdade, o amor
Platão: a verdade, o amor Esses dois mundos (sensível e supra-sensível), segundo Platão, embora separados, estão relacionados num sentido preciso: as coisas sensíveis imitam as ideias que lhes correspondem, do mesmo modo como um pintor imita em seu quadro a natureza. Como imitação, as coisas sensíveis são sempre imperfeitas, e isso explica por que o mundo sensível é variado e sempre em mutação. Mas é também por essa relação de imitação que os homens, situados no mundo sensível, podem conhecer as ideias, como quem se lembra do modelo que foi tirada a cópia. Conhecer é assim reconhecer, lembrar-se das ideias que foram contempladas pela alma, mas esquecidas por causa do apego do corpo às coisas sensíveis. A alma possui essa capacidade de reconhecer as ideias porque de certo modo participa do mundo inteligível: como as ideias, ela é imaterial, incorpórea e impalpável, constituindo um elo de ligação que ainda mantemos com o inteligível. Por fi, o despertar da alma para o mun...