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Mostrando postagens de abril, 2013

A beleza salvará o mundo

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Que venhas lá do céu ou do inferno, que importa, Ó beleza! Monstro ingênuo gigantesco e horrendo! Se teu olhar, teu riso, teus pés me abrem a porta De um infinito que amo e que jamais desvendo? De Satã ou de Deus, que importa? Anjo ou Sereia, Que importa, se és tu quem fazes - fada de olhos suaves, Ó rainha de luz, perfume e ritmo cheia! - Mais humano o universo e as horas menos graves? Temos aqui, o belo, alçado ao topo dos ideais humanos glorificado no Hino à beleza de Baudelaire. Tzvetan Todorov, historiador búlgaro, cita um texto encontrado numa revista chamada Canopée : "A beleza salvará o mundo. A frase de Dostoievski nunca foi tão atual. Pois é justamente quando tantas coisas vão mal em torno de nós que é necessário falar da beleza do planeta e do humano que o habita." Todorov, escreveu recentemente um livro: A Beleza Salvará o Mundo; seu texto nos será útil para se ter um entendimento do que significa “a beleza salvará o mund...

Amor, morte e Bauman

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"Põe-me como um selo sobre teu coração, como selo sobre o teu braço,  porque o amor é forte como a morte ..." Cânticos dos cânticos 8.6 Zygmunt Bauman é um sociólogo polonês. Seus escritos formam uma vasta contribuição para o pensamento moderno, ou, pós-moderno, como o sociólogo descreve a época atual. Penso, que Bauman contribui também para o entendimento das relações afetivas. Qual um psicanalista, assim é seu livro AMOR LÍQUIDO. Dada a importância do trabalho, transcrevi e parafraseei parte de um texto: Citando Ivan Klima, Bauman diz que "poucas coisas parecem tanto com a morte quanto o amor realizado". (...) Cada um deles nasce, ou renasce, no próprio momento em que surge, sempre a partir do nada, da escuridão do não ser sem passado nem futuro; começa sempre do começo, desnudando o caráter supérfluo das tramas passadas e a futilidade dos enredos futuros. Tal como o rio de Heráclito, amor ou/e morte não podem ser penetrados duas vezes. Amor e m...

Antes do suicídio, já estou morto

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Tem gente que vai me perdendo, me deixando escapar. Aí eu vou percebendo que nunca fiz tanta diferença e que a importância que eu pensava ter, na verdade, nunca existiu! Eu vou percebendo que sua mão não mais me sustentava... Não tinha mais sentido tuas palavras; não nos meus ouvidos. Fui percebendo que não tinha mais calor e que teus olhos não mais brilhavam quando me viam... Eu te contemplava com ternura enquanto  dormias. Ficava horas ao teu lado. Acordado, pensava: com o que estás a sonhar?  Realmente eu nunca soube responder: Era eu que te perdia ou a perda seria tua? Quem matou quem dentro de quem? Não sei! Só sei que antes de morrer, eu já estava morto!! Erivan

Nada, ou um pouco menos?

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Desde o começo do mês iniciei a leitura do livro Menos que nada (Ed. Boitempo) do filósofo esloveno Slavoj Zizek . Hoje, me encontrei rindo sozinho sobre uma anedota que  Zizek relata logo na introdução do livro: "Lembremo-nos da velha piada judaica, tão cara a Derrida, sobre um grupo de judeus que admite publicamente, em uma sinagoga, sua nulidade aos olhos de Deus. Primeiro, um rabino se levanta e diz: 'Ó Deus, sei que sou inútil, não sou nada!'. Quando o rabino termina, um rico comerciante se levanta e, batendo no peito, diz: 'Ó Deus, também sou inútil, obcecado pela riqueza material, não sou nada!'. Depois desse espetáculo, um pobre judeu do povo também também se levanta e proclama: 'Ó Deus, não sou nada...'. O rico comerciante cutuca o rabino e sussurra no ouvido dele, com desdém: 'Que insolência! Quem é esse sujeito que ousa afirmar que também não é nada?!'. De fato, é preciso ser alguma coisa para alcançar o puro nada..." Len...