Hoje, mexendo nos meus livros, encontrei um poema da poetisa americana Edna St. Vincent Millay.
Impossível esquece-lo...
Carregado de magia flerta com a minha tristeza e coroa de majestade a minha saudade.
Tudo fica meio paradoxal: sinto saudades de quem está comigo; das pessoas dos retratos, das memórias... Sinto saudades de quem já foi mas permanece. É o que afoga nosso coração em lágrimas, e faz com que a perda da vida daqueles que morrem se torne a morte daqueles que ficam vivos. (Agostinho - Confissões)
Sinto a necessidade de compartilhar o poema da Edna, e que cada um medite com sua própria experiência de luto.
Não me resigno quando depositam corações amorosos na terra dura.
É assim, assim será para sempre:
entram na escuridão os sábios e os encantadores.
Coroados de lírios e louros, lá se vão:
mas eu não me conformo.
Na treva da tumba lá se vão, com seu olhar sincero, o riso, o amor;
vão docemente os belos, os ternos, os bondosos;
vão-se tranquilamente os inteligentes, os engraçados, os bravos.
Eu sei.
Mas não aprovo.
E não me conformo.
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