terça-feira, 16 de abril de 2013

Nada, ou um pouco menos?

Desde o começo do mês iniciei a leitura do livro Menos que nada (Ed. Boitempo) do filósofo esloveno Slavoj Zizek. Hoje, me encontrei rindo sozinho sobre uma anedota que  Zizek relata logo na introdução do livro:

"Lembremo-nos da velha piada judaica, tão cara a Derrida, sobre um grupo de judeus que admite publicamente, em uma sinagoga, sua nulidade aos olhos de Deus. Primeiro, um rabino se levanta e diz: 'Ó Deus, sei que sou inútil, não sou nada!'. Quando o rabino termina, um rico comerciante se levanta e, batendo no peito, diz: 'Ó Deus, também sou inútil, obcecado pela riqueza material, não sou nada!'. Depois desse espetáculo, um pobre judeu do povo também também se levanta e proclama: 'Ó Deus, não sou nada...'. O rico comerciante cutuca o rabino e sussurra no ouvido dele, com desdém: 'Que insolência! Quem é esse sujeito que ousa afirmar que também não é nada?!'. De fato, é preciso ser alguma coisa para alcançar o puro nada..."

Lendo isso eu pensei cá comigo: Ó Deus, eu não sou nada... Ou um pouco menos!


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